Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 50
Filtrar
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e05202023, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534170

RESUMO

Resumo O objetivo desse artigo é analisar séries temporais da mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no Brasil de 2002 a 2021. Estudo ecológico de séries temporais com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e informações populacionais do IBGE. Variações anuais das taxas de mortalidade ajustadas por idade de mulheres de 20 anos ou mais foram estimadas pelo modelo de regressão linear simples com correção de Prais-Winsten. Foram registrados 133.429 óbitos por câncer de colo de útero, destes, 51,2% foram de mulheres negras. As mulheres negras morrem mais e têm menor queda do coeficiente. Houve aumento da desigualdade racial ao longo dos anos. Em 2002, ocorriam 0,08 óbitos/100 mil mulheres a mais na população negra comparada com a população branca; em 2021 esse número é de aproximadamente 1 óbito. Para a elaboração de políticas de saúde da mulher devem ser consideradas as diferenças raciais na implementação de estratégias e metas.


Abstract This ecological study examined time series, from 2002 to 20121, of age-adjusted coefficients of cervical cancer mortality, in Brazil, in women aged 20 years or more, by race. The information sources were Brazil's mortality information system (Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM) and the official bureau of statistics (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Annual changes in age-adjusted mortality rates were calculated using the Prais-Winsten linear regression method. Black women die more and the rate is decreasing less. Racial inequality has increased over the years. In 2002, there were 0.08 more deaths per 100,000 women in the black population than among white women; in 2021, the number was one death. Health policymaking should consider racial differences in the implementation of strategies and goals.

3.
Saúde Soc ; 31(2): e210368pt, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1390330

RESUMO

Resumo Este estudo objetiva analisar fatores associados ao óbito de indígenas pela covid-19 no estado do Amapá, Brasil. Trata-se de um estudo caso-controle emparelhado por sexo e idade, que utilizou um banco de dados secundários público, produzido pela Secretaria de Estado da Saúde do Amapá. Os casos (n=29) foram óbitos de indígenas pela covid-19 e os controles foram curas da doença (n=87), registrados entre abril de 2020 e janeiro de 2021. Dados de indivíduos com doença ativa foram excluídos da análise. Foram realizadas análises univariadas seguidas por regressão logística múltipla para estudo das variáveis independentes associadas ao desfecho de óbito. A maioria dos casos de óbito era do sexo feminino (51,7%), sem comorbidades (62,1%), residentes em municípios da Região Metropolitana de Macapá (RMM) (65,5%) e em área urbana (89,7%). A mediana das idades do grupo de óbitos foi de 72 anos (intervalo interquartil= 21,5). O modelo múltiplo final demonstrou que indígenas com comorbidade cardiovascular apresentaram chance 4,01 vezes (intervalo de confiança de 95% - IC 95%= 1,05-15,36) maior de óbito pela covid-19 quando comparados a indígenas sem comorbidades. E que indígenas residentes na RMM apresentaram chance 2,90 vezes (IC 95%= 1,10-7,67) maior de óbito quando comparados aos indígenas residentes no interior do estado Amapá.


Abstract This case-control study paired by gender and age analyzes factors associated with the death of indigenous people from COVID-19 in the state of Amapá, Brazil. Data were collected from a public secondary database produced by the Amapá State Department of Health. Cases (n=29) were deaths of indigenous people from COVID-19 and controls were cures of the disease (n=87), recorded between April 2020 and January 2021. Data from individuals with active disease were excluded. Univariate analysis followed by multiple logistic regression were performed to study the independent variables associated with death. Most cases of death were women (51.7%), without comorbidities (62.1%), residing in cities of the Metropolitan Region of Macapá (RMM) (65.5%) and in urban areas (89.7%). Median age of the death group was 72 years (interquartile range=21.5). The final multiple model showed that indigenous individuals with cardiovascular comorbidity had a 4.01 times greater chance (95% confidence interval - 95% CI=1.05-15.36) of death by COVID-19 when compared with indigenous people without comorbidities. And that indigenous people residing in the RMM had a 2.90 times greater chance (95%CI = 1.10-7.67) of death when compared with indigenous residing in the countryside.


Assuntos
Comorbidade , Infecções por Coronavirus , Ecossistema Amazônico , Povos Indígenas , COVID-19/mortalidade
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): e00101721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374808

RESUMO

Trata-se de estudo descritivo que teve como objetivo discutir as repercussões da mudança na metodologia de coleta da variável cor/raça no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) sobre as taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo cor/raça no Brasil. Foram analisadas as variações anuais nas frequências de nascidos vivos e óbitos infantis por cor/raça entre 2009 e 2017. As TMI por cor/raça foram estimadas segundo três estratégias: (1) método direto; (2) fixando-se, em todos os anos, as proporções de nascidos vivos por cor/raça observadas em 2009; e (3) fixando-se, em todos os anos, as proporções de óbitos por cor/raça observadas em 2009. As estratégias visaram explorar o efeito isolado das variações nas proporções de nascidos vivos ou de óbitos por cor/raça sobre as estimativas de TMI antes e após a mudança da variável cor/raça no SINASC. De 2011 para 2012 (ano de mudança da variável cor/raça no SINASC), verificou-se súbito incremento das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) de cor/raça preta, parda e indígena, acompanhado de redução de DNV de cor/raça branca, sem variações correspondentes nos óbitos. O incremento do denominador da TMI das categorias de cor/raça socialmente mais vulnerabilizadas resultou na atenuação das TMI de pretos e indígenas, no incremento da TMI de brancos e, consequentemente, na redução artificial das iniquidades na mortalidade infantil por cor/raça. A mudança da variável cor/raça no SINASC interrompeu a série histórica de nascidos vivos por cor/raça, afetando os indicadores que potencialmente dependem desses dados para seu cálculo, como a TMI. Argumenta-se que as TMI por cor/raça antes e após a mudança no SINASC são indicadores distintos e não comparáveis.


This descriptive study aimed to discuss the repercussions of the change in the methodology for recording the color/race variable in the Brazilian Information System on Live Births (SINASC) on infant mortality rates (IMR) according to color/race in Brazil. Annual variations were analyzed in the rates of live births and infant deaths according to color/race from 2009 to 2017. The IMR according to color/race were estimated using three strategies: (1) direct method; (2) for every year, setting the same proportions of live births by color/race as observed in 2009; and (3) for every year, setting the same proportions of deaths by color/race as observed in 2009. The strategies aimed to explore the single effect of the variations in the proportions of live births or of deaths according to color/race on the estimated IMR before and after the change in the color/race variable in the SINASC database. Between 2011 and 2012 (the year of the change in the color/race variable in SINASC), there was a sudden increase in birthdates with black, brown, and indigenous color/race, along with a reduction in birthdates with white color/race, without no corresponding variations in deaths. The increase of more socially vulnerable color/race categories in the IMR denominator resulted in the attenuation of IMR for black and indigenous infants and in an increase in the IMR for white infants and consequently an artificial reduction in iniquities in infant mortality according to color/race. The change in the color/race variable in SINASC interrupted the historical series of live births by color/race, affecting indicators that potentially depend on these data for their calculation, in this case the IMR. The resulting argument is that infant mortality rates by color/race before versus after the change in the SINASC database are distinct and noncomparable indicators.


Estudio descriptivo que tuvo como objetivo discutir las repercusiones del cambio en la metodología de recogida de la variable color/raza en el Sistema de Información sobre Nacidos Vivos (SINASC) sobre las tasas de mortalidad infantil (TMI), según color/raza en Brasil. Se analizaron las variaciones anuales en las frecuencias de nacidos vivos y óbitos infantiles por color/raza entre 2009 y 2017. Las TMI por color/raza se estimaron según tres estrategias: (1) método directo; (2) fijándose, en todos los años, las proporciones de nacidos vivos por color/raza observadas en 2009; y (3) fijándose, en todos los años, las proporciones de óbitos por color/raza observadas en 2009. Las estrategias tuvieron como objetivo explorar el efecto aislado de las variaciones en las proporciones de nacidos vivos o de óbitos por color/raza sobre las estimaciones de TMI antes y tras el cambio de la variable color/raza en el SINASC. De 2011 a 2012 (año de cambio de la variable color/raza en el SINASC), se verificó un súbito incremento de las Declaraciones de Nacidos Vivos (DNV) de color/raza negra, mestiza e indígena, acompañado de una reducción de DNV de color/raza blanca, sin variaciones correspondientes en los óbitos. El incremento del denominador de la TMI de las categorías de color/raza socialmente más vulnerabilizadas resultó en la atenuación de las TMI de negros e indígenas y en el incremento de la TMI de blancos y, consecuentemente, en la reducción artificial de las inequidades en la mortalidad infantil por color/raza. El cambio de la variable color/raza en el SINASC interrumpió la serie histórica de nacidos vivos por color/raza, afectando los indicadores que potencialmente dependen de esos datos para su cálculo, como la TMI. Se argumenta que las TMI por color/raza antes y después del cambio en el SINASC son indicadores distintos y no comparables.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Lactente , Sistemas de Informação em Saúde , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação , Etnicidade , Mortalidade Infantil , Nascido Vivo/epidemiologia
5.
Mundo saúde (Impr.) ; 46: e12802022, 2022.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1443061

RESUMO

Em 2010, a população indígena representava 0,2% da população brasileira e estava localizada, em maior parte, na Amazônia Legal. No Brasil, existem leis de proteção à população indígena, além de uma Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Entretanto, grande parte da população indígena encontra-se em vulnerabilidade social e sanitária, que são mais acentuadas em determinadas regiões do país. Diante disso, este estudo objetivou calcular e avaliar a taxa de mortalidade geral na população indígena brasileira e investigar correlações com indicadores socioeconômicos e de saúde. Trata-se de um estudo ecológico baseado em dados oficiais (2000 e 2010). Os quantitativos de óbitos foram extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os dados de população indígena foram extraídos de Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As taxas de mortalidade geral foram calculadas por unidade federativa e correlacionadas, por meio do teste de correlação de Pearson, com indicadores socioeconômicos e de saúde extraídos da plataforma Atlas Brasil. Observou-se, no Brasil, aumento da taxa de mortalidade geral indígena de 15,0% entre 2000 e 2010. Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou as maiores taxas em 2000 e 2010 (4,54 e 5,56 óbitos/1.000 indígenas, respectivamente). Em 2000, o estado com maior mortalidade geral foi o Piauí (9,76/1.000) e em 2010 foi o Mato Grosso do Sul (6,54/1.000). A mortalidade geral indígena não apresentou correlação significativa (p-valor≤0,05) com os indicadores analisados. Os achados deste estudo indicaram que a taxa de mortalidade geral indígena no Brasil aumentou de uma forma desigual, de acordo com regiões/unidades federativas, e sem correlação com os indicadores socioeconômicos e de saúde analisados.


In 2010, the indigenous population represented 0.2% of the Brazilian population and was mostly located in the Legal Amazon region. In Brazil, there are laws to protect the indigenous population, in addition to a National Health Care Policy for Indigenous Peoples. However, a large part of the indigenous population is considered under social and sanitary vulnerability, which are more pronounced in certain regions of the country. Therefore, this study aimed to calculate and evaluate the all-cause mortality rate in the Brazilian indigenous population and investigate correlations with socioeconomic and health indicators. This is an ecological study based on official data (2000 and 2010). The number of deaths were extracted from the Mortality Information System. Indigenous population data were extracted from Demographic Censuses of the Brazilian Institute of Geography and Statistics. The all-cause mortality rate were calculated by states and correlated, through Pearson's correlation test, with socioeconomic and health indicators extracted from the Atlas Brazil platform. In Brazil, an increase in the overall indigenous mortality rate was observed of 15.0% between 2000 and 2010. Among the regions, the Midwest had the highest rates in 2000 and 2010 (4.54 and 5.56 deaths/1,000 indigenous people, respectively). In 2000, the state with the highest all-cause mortality rate was Piauí (9.76/1,000) and in 2010 it was Mato Grosso do Sul (6.54/1,000). All-cause mortality rate did not present a significant correlation (p-value ≤0.05) with the analyzed indicators. The findings of this study indicated that the all-cause mortality rate in Brazil increased unevenly, according to regions/states, and without any correlation with the socioeconomic and health indicators analyzed.

6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(7): 2807-2817, jul. 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1278766

RESUMO

Resumo Este estudo descreve a utilização de serviços de saúde por adolescentes quilombolas e não quilombolas residentes em uma área rural do semiárido baiano. Métodos quantitativos e qualitativos foram utilizados para que se conseguisse uma maior aproximação com o objeto de análise. Foi realizado um estudo transversal com 390 adolescentes. A utilização de serviços de saúde foi descrita por meio da distribuição de frequências e respectivos intervalos de confiança 95%. Formaram-se quatro grupos focais que foram transcritos e analisados por meio da análise de conteúdo. A Unidade de Saúde da Família foi relatada como o serviço comumente procurado para atendimento de necessidades de saúde (70,0%). A procura por serviços de saúde nos últimos 15 dias foi de 15,1% e o principal motivo foi por doença (37,3%). O componente qualitativo revelou múltiplos contextos que influenciaram no acesso aos serviços, como elevado tempo de espera, falta de priorização nos atendimentos e barreiras geográficas. Os serviços de saúde devem estar mais próximos dos adolescentes com um cuidado em saúde que considere as particularidades desse grupo.


Abstract This article describes health service utilization by Quilombola and non-Quilombola adolescents living in a rural area in the semi-arid region of Bahia. Quantitative and qualitative methods were used to gain a more in-depth understanding of the object of study. A cross-sectional household survey was conducted with 390 adolescents. Health service utilization was described using frequency distribution and 95% confidence intervals. Discussions were held with four focus groups, which were transcribed and analyzed using content analysis. The most commonly reported usual place of care was the local family care center (70,0%) and 15,1% of the adolescents had sought health care in the last 15 days. The main reason for seeking care was illness (37,3%). The findings of the qualitative component of the study reveal multiple factors influencing access to services, including long waiting times, lack of prioritization of adolescent care and geographical barriers. Health services should attempt to get closer adolescents and provide care tailored to the specific needs of this group.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Serviços de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Brasil , Estudos Transversais , Grupos Focais
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(5): 1603-1612, maio 2021.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1249487

RESUMO

Resumo Os povos do mar são culturalmente diferenciados por seu modo de vida imbricado com a pesca marítima e com toda sua produção social e simbólica. No nordeste brasileiro, essas populações vêm passando por transformações em suas condições de vida. A Estratégia saúde da Família (ESF) precisa fortalecer vínculos com as diferentes culturas para atender aos seus princípios basilares. Objetivamos refletir sobre os desafios da ESF no contexto dos povos do mar. Realizamos uma pesquisa etnográfica na comunidade de Redonda, Icapuí, Ceará, recorrendo às descrições densas construídas por meio das narrativas de pescadores artesanais e seus familiares. Analisamos a partir da abordagem teórica dos estudos em comunidades tradicionais. Os resultados são apresentados em cinco temas: 1) em comunidades constituídas por parentes, a família tem uma dimensão alargada; 2) as temporalidades da vida na pesca regem os atos comuns da díade terra-mar; 3) os deslocamentos entre ser "nativo" e ser "de fora" criam zonas fronteiriças que dialogam com os rituais de pertencimento; 4) a territorialização do mar e os saberes da experiência; 5) A ESF nas arenas das lutas por justiça ambiental. Reafirma-se aqui a produção da saúde enquanto produção da vida dos povos do mar.


Abstract Sea people are culturally differentiated by their way of life intertwined with sea fishing and their social and symbolic production. In northeastern Brazil, these people have been changing their living conditions. The Family Health Strategy (ESF) should strengthen links with different cultures to meet its basic principles. We aimed to reflect on the challenges of the ESF in the context of sea people. We conducted ethnographic research in the community of Redonda, Icapuí, State of Ceará, using dense descriptions constructed through the narratives of small-scale fishers and their families. We analyzed from the theoretical approach of studies in traditional communities. The results are shown in five themes: 1) The family has an extended dimension in communities established with relatives; 2) Fishing life temporalities govern the common acts of the land-sea dyad; 3) The shifts between being "native" and "outsider" create border areas that dialogue with the rituals of belonging; 4) Sea territorialization and the knowledge of experience; 5) The ESF in the arenas of struggles for environmental justice. Here, the production of health is reaffirmed as the production of sea people's life.


Assuntos
Humanos , Saúde da Família , Pesqueiros , Brasil , Ecossistema , Conhecimento
8.
Belo Horizonte; s.n; 2021. 170 p. ilus.
Tese em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1371167

RESUMO

Objetivo: Analisar, sob a perspectiva de Enfermeiras Obstétricas negras, a interseccionalidade de gênero, raça e classe no seu contexto de trabalho. Percurso Metodológico: Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, norteado pela Teoria da Interseccionalidade, de Kimberlé Crenshaw (1989). Realizaram-se entrevistas individuais, por meio virtual, de março a julho de 2020. Participaram 25 Enfermeiras Obstétricas negras, formadas pelo Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica ­ Rede Cegonha (CEEO II), realizado em 20 IFES, sob coordenação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais como coordenação geral. Realizou-se a análise hermenêutico-dialética das narrativas, com suporte do Software MAXQDA 20 para armazenamento, organização e codificação dos dados. Resultados: A análise das narrativas das Enfermeiras Obstétricas negras permitiu construir três categorias: i) Invisibilidade da Interseccionalidade: percebiam uma forma de opressão, que foram Classe socioeconômica (12), Classe profissional (11), Gênero (06), Raça (03), Etnia (02), Orientação sexual (01), Competência profissional (23), Caráter profissional (01), Ser usuária de drogas (01), Ser portadora de visão monocular (01). ii) Desigualdades interseccionais: duas ou mais formas de opressão associadas, como classe socioeconômica e raça (04); gênero e raça (02); gênero e classe profissional (01); idade e vítima de violência (01); e usuária de drogas e classe socioeconômica (01). iii) Naturalização das desigualdades ­ não percebiam ou tinham dúvida se era uma situação de desigualdade. Sentimentos como tristeza, incômodo, indignação, vergonha, dor, desmotivação, solidão, cansaço, desvalorização, "ter que pisar em ovos" e "parecer estar ocupando um lugar que não é seu" foram citados quando relacionados à vivência das situações de desigualdades em si e por presenciarem outras pessoas na situação de oprimidas. Sentimentos como empatia, respeito, determinação, paciência e fortalecimento estavam relacionados à necessidade identificada pelas participantes de enfrentar e combater situações de opressão ou apoiar pessoa oprimidas. Essas situações de desigualdade foram enfrentadas por meio de diálogo/confronto, silenciamento, a auto-reflexão e a criação e fortalecimento de redes de apoio. As consequências das desigualdades foram a invisibilidade, comprometimento da saúde mental e de sua atuação como Enfermeira Obstétrica, afronta aos direitos humanos das mulheres, resistência e enfrentamentos para (re)existir. Os apontamentos para enfrentamentos, para além do ambiente de trabalho foram: investimento em políticas públicas para melhoria do pré-natal; educação da sociedade em geral e formação profissional e no trabalho para o reconhecimento e enfrentamento das desigualdades. Considerações Finais: A Teoria da Interseccionalidade contribuiu para a compreensão da intersecção de gênero, raça e classe no contexto de trabalho de Enfermeiras Obstétricas negras, além de outras formas de opressão. Este estudo poderá subsidiar discussões sobre a temática, a fim de criar espaço no trabalho para uma convivência que reconheça as desigualdades, mas que elabore e implemente estratégias de enfrentamento e combate à sua reprodução no ambiente de trabalho.


Objective: To analyze, from the perspective of black midwives, the intersectionality of gender, race, and class in their work context. Methods: Exploratory study, with a qualitative approach, guided by the Theory of Intersectionality, by Kimberlé Crenshaw (1989). Individual interviews were conducted online from March to July 2020. 25 black midwives participated, all of whom graduated from the Specialization Course in Midwifery - Rede Cegonha (CEEO II), held at 20 federal educational institutes (IFES), coordinated by the Nursing School of Federal University of Minas Gerais, in Brazil. Hermeneutic-dialectic analysis of the narratives was carried out, with support from the MAXQDA 20 Software for data storage, organization, and coding. Results: The analysis of the black midwives' narratives allowed the construction of three empirical categories: i) Invisibility of Intersectionality: they perceived a form of oppression regarding Socioeconomic class (12), Professional class (11), Gender (06), Race (03), Ethnicity (02), Sexual orientation (01), Professional competence (23), Professional character (01), Being a drug user (01), Having a monocular view (01). ii) Intersectional inequalities: two or more associated forms of oppression, such as socioeconomic class and race (04); gender and race (02); gender and professional class (01); age and victim of violence (01); and drug user and socioeconomic class (01). iii) Naturalization of inequalities - did not realize or doubted whether it would be a situation of inequality or not. These inequality situations were addressed through dialogue / confrontation, silencing, self-reflection, and the creation and strengthening of support networks. The consequences of inequalities were invisibility, implications for their mental health and their performance as midwives, affront to the women's human rights, resistance, and confrontations to (re)exist. Conclusions: The Theory of Intersectionality contributed to the understanding of the intersection of gender, race, and class in the context of the work of black midwives, in addition to other forms of oppression. This study can support discussions on the theme, in order to create space at work for a coexistence that recognizes inequalities, but that elaborates and implements strategies for coping and fighting their reproduction in the work environment.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Enfermeiras Obstétricas , Enfermagem Obstétrica , Classe Social , Saúde de Gênero
9.
Mudanças ; 28(2): 43-50, jul.-dez. 2020. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1250404

RESUMO

Há mais de duas décadas, a Organização da Mundial da Saúde propôs uma definição para Qualidade de Vida (QV) e, desde então, numerosas pesquisas têm sido desenvolvidas em diferentes especialidades. Caracterizada pela multidimensionalidade, subjetividade e dinamismo, a QV abrange diversos domínios da existência humana, incluindo-se fatores de natureza sociocultural, como gênero e etnia. Considerando a necessidade de ampliar conhecimentos específicos sobre QV, realizou-se uma revisão da literatura especializada, publicada entre 2014 e 2019, sobre QV de mulheres negras com câncer de mama. Para tanto, foram consultadas as bases BVS Psi, SciELO, MEDLINE/PubMed. Identificaram-se oito artigos, cuja análise apontou alguns indicadores relacionados à percepção negativa da QV: sintomas depressivos e ansiosos, idade inferior a 50 anos, estar em quimioterapia e tipo de câncer. Constatou-se, também, que bem-estar espiritual/religioso sobressaiu como fator associado a uma percepção de QV mais favorável. Concluiu-se que mais estudos são necessários, notadamente para fundamentar intervenções em Oncologia.


More than two decades ago, the World Health Organization proposed a definition for Quality of Life (QOL) and, since then, numerous studies have been developed in different specialties. Characterized by multidimensionality, subjectivity and dynamism, QOL comprises several domains of human existence, including factors of a socio-cultural nature, such as gender and ethnicity. Considering the need to expand specific knowledge about QOL, a review of the literature published between 2014 and 2019 on the QOL of black women with breast cancer, was carried out. The BVS Psi, SciELO, MEDLINE/PubMed databases were consulted. Eight articles were identified, whose analysis pointed out some indicators related to the negative perception of QOL: depressive and anxious symptoms, age below 50 years, being on chemotherapy and type of cancer. It was also found that spiritual /religious well-being stood out as a factor associated with a more favorable perception. It was concluded that more studies were needed.

10.
Online braz. j. nurs. (Online) ; 19(3)set. 2020. tab
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1129542

RESUMO

OBJETIVO: Discutir sobre o perfil dos participantes da cirurgia bariátrica a partir das intersecções de gênero, raça e classe e a padronização sobre o corpo das mulheres. MÉTODOS: Coorte com 387 adultos submetidos à cirurgia bariátrica entre 2012 e 2014, em hospital geral de Minas Gerais. A associação entre as variáveis estudadas foi investigada em análises estratificadas por sexo, categoria autorreferida. RESULTADOS: A amostra foi composta predominantemente pelo sexo feminino, idade entre 31 e 45 anos e cor de pele parda. Observou-se diferença estatística entre cor de pele, renda média familiar entre os sexos. CONCLUSÃO: O predomínio da realização de cirurgias bariátricas pelo sexo feminino é pensado como integrante das relações de gênero, que se entrecruzam com as relações de raça e classe, configurando hierarquias. Torna-se necessária a articulação entre cirurgia bariátrica, educação em saúde e outras terapias que se refiram, principalmente, à liberdade de vivência do corpo com relações de gênero menos hierarquizantes e mais saudáveis.


OBJETIVO: Discutir el perfil de los participantes en cirugía bariátrica desde las intersecciones de género, raza y clase y la estandarización de los cuerpos de las mujeres. MÉTODOS: Cohorte con 387 adultos que se sometieron a cirugía bariátrica entre 2012 y 2014, en un hospital general de Minas Gerais. La asociación entre las variables estudiadas se investigó en análisis estratificados por género, categoría autoinformada. RESULTADOS: La muestra estuvo compuesta predominantemente por mujeres, con edades entre 31 y 45 años y color de piel morena. Hubo una diferencia estadística entre el color de la piel y el ingreso familiar promedio entre sexos. CONCLUSIÓN: Se piensa que el predominio de las cirugías bariátricas femeninas forma parte de las relaciones de género, que se entrelazan con las relaciones de raza y clase, configurando jerarquías. Es necesario articular la cirugía bariátrica, la educación para la salud y otras terapias que se refieren principalmente a la libertad del cuerpo para vivir relaciones de género menos jerárquicas y más saludables.


OBJECTIVE: To discuss the profile of participants in bariatric surgery concerning the intersections of gender, race and class and the standardization of women's bodies. METHODS: Cohort with 387 adults undergoing bariatric surgery between 2012 and 2014, in a general hospital in Minas Gerais General. The association between the studied variables was investigated in analyzes stratified by sex, a self-reported category. RESULTS: The sample was predominantly composed of females, aged between 31 and 45 years old and brown skin color. There was a statistical difference between skin color, average family income between genders. CONCLUSION: The predominance of female bariatric surgeries is thought to be part of gender relations, which intertwine with race and class relations, forming hierarchies. It becomes necessary to link bariatric surgery, health education and other therapies that refer mainly to the freedom of the body to experience less hierarchical and healthier gender relations


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Fatores Socioeconômicos , Saúde de Gênero , Cirurgia Bariátrica , Estudos de Coortes , Saúde da Mulher , Saúde do Homem
11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(8): 3075-3086, Ago. 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, Coleciona SUS, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1133120

RESUMO

Resumo Observações generalizadas de tendências temporais de mortalidade podem encobrir padrões específicos relevantes. O objetivo deste estudo é analisar a tendência das taxas de mortalidade por câncer bucal e de orofaringe no Brasil, no período de 2000 a 2013, considerando as diferenças por sexo, sítio anatômico, faixa etária e raça/cor. Os dados sobre a mortalidade por câncer bucal e de orofaringe foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade. A tendência das taxas de mortalidade da série histórica, por estrato, foi estimada por regressão linear generalizada pelo método de Prais-Winsten. De 2000 a 2013, ocorreram 61.190 óbitos por essa doença (média de 3,50 óbitos/100 mil hab./ano). A tendência das taxas mostrou-se estacionária para homens e crescente para mulheres (1,31%/ano). Identificou-se padrão de crescimento para homens de 20-29 anos (2,92%/ano) e para homens pardos (20,36%/ano). Padrão de crescimento também foi identificado para mulheres brancas (2,70%/ano) e pardas (8,24%/ano). Conclui-se que a vigilância dessa condição deve considerar as diferenças sociodemográficas da população para um planejamento equânime das estratégias de cuidado, pois estas refletiram em padrões distintos de tendência das taxas mortalidade por câncer bucal e de orofaringe no Brasil.


Abstract Generalized observations of temporal trends in mortality could mask consistent specific patterns. This study aims to analyze the trend of oral and oropharyngeal cancer mortality rates in Brazil, from 2000 to 2013, considering the differences by gender, anatomical site, age group and ethnicity. Data on oral and oropharyngeal cancer mortality were retrieved from the Mortality Information System. The trend of historical series mortality rates by stratum was estimated through a generalized linear regression by the Prais-Winsten method. In total, 61,190 deaths from oral and oropharyngeal cancer were recorded in the 2000-2013 period (mean of coefficients: 3.50 deaths/100 thousand inhabitants/year). The trend of mortality rates was stable for males and increasing for females (1.31%/year). A growing pattern was identified for men aged 20-29 years (2.92%/year) and brown men (20.36%/year). The increasing pattern was also identified for white women (2.70%/year) and brown women (8.24%/year). We can conclude that surveillance of this condition should consider the sociodemographic differences of the population for equitable planning of care strategies because they reflected in different trends of oral and oropharyngeal cancer mortality rates in Brazil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Neoplasias/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação , Etnicidade , Modelos Lineares , Mortalidade
12.
São Paulo; SMS; jul. 2020. 59 p. graf, tab.(Boletim CEInfo Análise, XV, 18).
Monografia em Português | LILACS, Coleciona SUS, Sec. Munic. Saúde SP, CEINFO-Producao, Sec. Munic. Saúde SP | ID: biblio-1433828

RESUMO

A desigualdade social é um tema latente em nosso país, visto sua história de ex-colônia e de quase quatro séculos de escravização de pessoas negras. Nos últimos anos houve avanços na implementação de políticas públicas voltadas para a saúde da população negra, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida desse grupo. Este boletim tem como objetivo fornecer subsídios para monitorar e avaliar essas políticas, para tanto serão apresentadas informações desagregadas por raça/cor. A população negra corresponde a 37% da população do Município de São Paulo (MSP), contudo tem 60,3% dos beneficiários do programa Bolsa Família. Entre 2012 a 2018 houve aumento da proporção de nascidos vivos de mães pretas e pardas, com maior proporção de mães adolescentes ­ 13,3% em relação às brancas ­ 7,8%; o início tardio do pré-natal e o acompanhamento insuficiente também é mais frequente em mulheres negras e indígenas. A população negra tem a maior proporção de casos de HIV notificados ­ 47,2%, risco relativo 2,5 vezes maior de ter Aids; corresponde a 54,9% dos casos de Sífilis Adquirida; teve aumento da incidência de Tuberculose, com maior risco relativo de adquirir a doença em relação aos brancos. Quanto ao estado nutricional, crianças negras apresentaram maior prevalência de excesso de peso e déficit de altura, em comparação as brancas. Os trabalhadores negros representam 37% dos ocupados, mas são vítimas de metade dos acidentes notificados ­ 51,4%. Em relação as doenças crônicas não transmissíveis, a mortalidade na população preta é maior por Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus e Doença Cerebrovascular, tanto em menores como em maiores de 60 anos. A mortalidade por Câncer de Mama e de Colo Uterino se concentra acima dos 50 anos e mulheres pretas estão em primeiro lugar, seguidas das brancas. A violência acomete prioritariamente jovens negros de 15 a 29 anos, que representam 68,8% dos óbitos por Intervenção Legal nessa faixa etária. A mortalidade precoce, antes dos 65 anos de idade, ocorre muito mais no sexo masculino e na população negra. Apesar das políticas instituídas com olhar para a saúde da população negra, as iniquidades ainda estão presentes e os indicadores permitem visualizar essas vulnerabilidades. Fica o desafio de ampliar de fato o acesso aos serviços, diminuira as desigualdades a fim de melhorar a saúde da população negra


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adolescente , População Negra/estatística & dados numéricos , Distribuição por Etnia , Mensuração das Desigualdades em Saúde , Racismo Sistêmico , Política de Saúde , Tuberculose/epidemiologia , Violência/estatística & dados numéricos , Sífilis/epidemiologia , Estado Nutricional , Prevalência , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Nascido Vivo/epidemiologia , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia
13.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(2): e2018428, 2020. tab
Artigo em Inglês, Português | Sec. Est. Saúde SP, Coleciona SUS, LILACS | ID: biblio-1133810

RESUMO

Objetivo: estimar a prevalência de extrações dentárias autorrelatadas e analisar os fatores associados em comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudo transversal, com 864 quilombolas; a associação entre autorrelato de extrações dentárias (sem experiência de extração; ≤5 dentes extraídos; >5 dentes extraídos) e possíveis fatores associados foi estimada por meio da regressão logística multinomial, considerando-se 95% de intervalo de confiança (IC95%). Resultados: extrações dentárias foram autorrelatadas por 82,0% dos quilombolas, sendo 49,8% com ≤5 e 32,2% com >5 dentes extraídos; ser do sexo masculino (OR ajustada = 1,7 - IC95% 1,1;2,7), encontrar-se empregado sem carteira assinada (OR ajustada = 2,7 - IC95% 1,3;5,7), ter idade ≥60 anos (OR ajustada = 5,2 - IC95% 1,9;14,1) e ter tido cárie dentária (OR ajustada = 4,1 - IC95% 2,5;6,7) associaram-se a maiores chances de ter extraído dentes. Conclusão: extrações dentárias estão associadas a condições de vulnerabilidade social vivenciadas pelos quilombolas do Semiárido baiano.


Objetivo: estimar la prevalencia de extracciones dentales auto-relatadas y analizar los factores asociados en las comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudio transversal, con 864 quilombolas; la asociación entre auto-relato de extracciones dentales (sin experiencia de extracción, ≤5 dientes extraídos y >5 dientes extraídos) y los posibles factores asociados fue estimada a través de la regresión logística multinomial considerando el 95% de intervalo de confianza (IC95%). Resultados: extracciones dentales fueron auto-relatadas por el 82,0%, siendo 49,8% con ≤5 y 32,2% con >5 dientes extraídos; sexo masculino (Odds Ratio ajustado = 1,7 - IC95%1,1;2,7), trabajadores sin estar en planilla (OR ajustado = 2,7 - IC95%1,3;5,7), con edad ≥60 (OR ajustado = 5,2 - IC95%1,9;14,1) y que mencionaron haber tenido caries dentales (OR ajustado = 4,1 - IC95%2,5;6,7), se asociaron a más probabilidades de haber extraído los dientes. Conclusión: extracciones dentales parecen estar asociadas a condiciones de vulnerabilidades sociales vividas por los quilombolas del Semiárido bahiano.


Objective: to estimate the prevalence of self-reported tooth extractions and analyze associated factors in quilombola communities in Feira de Santana, Bahia, Brazil. Methods: this was a cross-sectional study, with 864 quilombolas; association between self-reported tooth extractions (no experience of extraction; ≤5 extracted teeth; >5 extracted teeth), and possible associated factors was estimated using multinomial logistic regression, with a 95% confidence interval (95%CI). Results: tooth extractions were self-reported by 82.0% of quilombolas, 49.8% of whom had ≤5 teeth extracted and 32.2% of whom had >5 teeth extracted; greater likelihood of tooth extraction was associated with being male (adjusted OR = 1.7 - 95%CI1.1;2.7), working as an unregistered worker (adjusted OR = 2.7 - 95%CI1.3;5.7), being ≥60 years old (adjusted OR = 5.2 - 95%CI1.9;14.1) and reporting having dental caries (adjusted OR = 4.1 - 95%CI2.5;6.7). Conclusion: tooth extractions are associated with social vulnerability conditions experienced by the quilombolas of the semi-arid region of Bahia state.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Extração Dentária/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , População Negra/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Saúde da População Rural/estatística & dados numéricos , Diagnóstico Bucal , Fatores Raciais
14.
Educ. fis. deporte ; 38(2): https://revistas.udea.edu.co/index.php/educacionfisicaydeporte/article/view/338997, Julio 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1104436

RESUMO

Objetivo: analisar as ementas das disciplinas obrigatórias do curso de Licenciatura em Educação Física na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a fim de investigar como as temáticas de gênero e raça são abordadas em sua formação inicial. Método: Foram analisadas 68 ementas, todas disponíveis no Sistema Integrado de Gestão Acadêmica da UFRJ. Resultados: Notou-se que nenhuma disciplina possui o foco central na discussão de pelo menos uma dessas questões. Apenas 3 disciplinas abordam explicitamente questões de raça vinculadas à cultura corporal e somente uma trata do tema higienismo, o que possibilitaria debates sobre diferentes identidades de gênero. Outras 6 disciplinas mencionavam palavras afeitas às temáticas investigadas em suas ementas, todavia sem aprofundar a discussão. Conclusão: desprestigiam-se ainda os impactos das construções socioculturais em relação ao gênero e raça nas análises das relações e dos fenômenos sociais na instituição investigada.


Objective: To analyze the study programs of the mandatory disciplines of the bachelor's degree in Physical Education at the Escola de Educação Física e Desportos of the Universidade Federal do Rio de Janeiro, in order to establish how the gender and race issues are addressed in the initial formation. Method: It was analyzed 68 study programs, all available in the Integrated System of Academic Management of UFRJ. Results: It was found that no discipline had the central focus on discussing at least one of these issues. Only three disciplines explicitly addressed issues of race related to body culture, and only one discussed hygiene movement, which would allow discussions on different gender identities. Other six disciplines mentioned words related to the topics investigated in their study programs, but they did not deepen the discussion. Conclusion: Consequently, the impacts of socio-cultural constructions in relation to gender and race in the analysis of relations and social phenomena are not yet in the investigated institution.


Objetivo: analizar los programas de estudio de las disciplinas obligatorias de la licenciatura en educación física en la Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a fin de establecer cómo las temáticas de género y raza son abordadas en la formación inicial. Método: se analizaron 68 programas de estudio, todos disponibles en el sistema integrado de gestión académica de la UFRJ. Resultados: se encontró que ninguna disciplina tenía su foco central en la discusión de al menos uno de estos temas. Apenas tres disciplinas abordaban explícitamente cuestiones de raza vinculadas a la cultura corporal, y sólo una trataba el tema de higienismo, lo que posibilitaría debates sobre diferentes identidades de género. Otras seis disciplinas mencionaban palabras afines a las temáticas abordadas en sus programas de estudio, sin profundizar la discusión. Conclusión: en consecuencia, en la institución investigada todavía no se aprecian los impactos de las construcciones socioculturales respecto a género y raza en los análisis de las relaciones y de los fenómenos sociales.


Assuntos
Educação Física e Treinamento , Identidade de Gênero , Desenvolvimento de Pessoal
15.
Rev. baiana saúde pública ; 43(Supl. 1): 125-137, 2019.
Artigo em Português | LILACS, SES-BA, CONASS, Coleciona SUS | ID: biblio-1140340

RESUMO

Um dos aportes da promoção de saúde é a educação em saúde, que visa contribuir com o aumento do conhecimento sobre saúde pela comunidade. As comunidades quilombolas são grupos étnico-raciais, minoritários dentro da população negra, que enfrentam algumas dificuldades no acesso aos serviços e ações de educação em saúde. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão exploratória da literatura referente às ações de educação em saúde realizadas em comunidades quilombolas brasileiras. Trata-se de uma revisão de literatura, executada nas bases de dados LILACS, PubMed/Medline e SciELO, além de busca nas listas de referências de outros estudos publicados com essa temática. De maneira geral, os estudos encontrados, apontaram algumas das deficiências e necessidades das populações quilombolas, mesmo não sendo demandas espontâneas ou levantadas pela própria comunidade, a utilização de instrumentos aplicados pré e pós intervenção em alguns deles, demonstraram que as atividades contribuíram para a ampliação do conhecimento dos sujeitos sobre sua própria saúde. A educação, a informação e a comunicação em saúde são elementos constitutivos da promoção da saúde, que, segundo a concepção ampliada de saúde, é base constitutiva dos princípios do Sistema Único de Saúde. Por isso, é importante que se criem estratégias para execução de ações de educação em todos os níveis. Neste estudo, constatou-se que a literatura a respeito do tema educação em saúde ainda pode ser muito desenvolvida, principalmente quando se trata de comunidades quilombolas, especificamente.


One of the contributions of health promotion is health education, which helps increases community health knowledge. Quilombola communities are ethnic-racial groups, a minority within the black population, which face some difficulties in accessing health education services and actions. The objective of this study is to carry out an exploratory review of the literature regarding health education actions developed in Brazilian Quilombola communities. This is a review of the literature found in Lilacs, PubMed/Medline and SciELO databases, as well as from searching the reference lists of other studies published on the subject. In general, the studies found pointed out some of the deficiencies and needs of Quilombola populations, even though they were not spontaneous demands raised by the community itself, the use of instruments applied before and after intervention in some of them demonstrated that the activities contributed to the expansion of the subjects' knowledge about their own health. Health education, information and communication were shown to be constitutive elements of health promotion, which according to the broader conception of health is a constitutive basis for the principles of our Unified Health System. It is therefore important to create strategies for implementing educational actions at all levels. The literature on the topic of health education still needs to be further explored, especially when dealing with quilombola communities, specifically.


Uno de los aportes de la promoción de la salud es la educación en salud, que pretende contribuir con el aumento del conocimiento sobre salud por parte de la comunidad. Las comunidades quilombolas son grupos étnico-raciales, minoritarios dentro de la población negra, que enfrentan algunas dificultades en el acceso a los servicios y acciones de educación en salud. El objetivo de este estudio es realizar una revisión exploratoria de la literatura referente a las acciones de educación en salud realizadas en comunidades quilombolas brasileñas. Se trata de una revisión de la literatura, realizada en las bases de datos Lilacs, PubMed/Medline y SciELO, además de búsqueda en las listas de referencias de otros estudios publicados sobre esa temática. En general, los estudios encontrados señalaron algunas deficiencias y necesidades de las poblaciones quilombolas, si bien no fueron demandas espontáneas o planteadas por la propia comunidad, el uso de instrumentos aplicados pre- y posintervención en algunas de ellas demostró que las actividades contribuyeron a la expansión del conocimiento de los sujetos sobre su propia salud. La educación, la información y la comunicación en salud son elementos constitutivos de la promoción de la salud, que, según la concepción ampliada de salud, es base constitutiva de los principios de nuestro Sistema Único de Salud; por lo que es importante la creación de estrategias para ejecutar acciones de educación en salud a todos los niveles. En este estudio, se constató que la literatura acerca del tema educación en salud aún puede desarrollarse más, especialmente cuando se trata de comunidades quilombolas.


Assuntos
Sistema Único de Saúde , Etnicidade , Educação em Saúde , População Negra , Promoção da Saúde
16.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(1): e2018047, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1001961

RESUMO

Objetivo: analisar a sobrevida de pessoas com aids e sua associação com escolaridade e raça/cor da pele. Métodos: coorte de diagnosticados entre 1998 e 1999, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com análise de sobrevida (método de Kaplan--Meier), estratificada por escolaridade e raça/cor da pele; a análise multivariada foi realizada mediante regressão de Cox. Resultados: foram incluídas 2.091 pessoas com sobrevida em 60 meses, a percentuais de 65% entre brancos e 62% entre pretos/pardos; o uso irregular de antirretrovirais (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) e a idade ≥60 anos (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) foram relacionados com menor sobrevida; escolaridade >8 anos (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) e sexo feminino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) relacionaram-se positivamente com sobrevida; os menos escolarizados tiveram sobrevida menor. Conclusão: menor escolaridade sobrepôs-se às diferenças de raça/cor da pele, quando relacionada à sobrevida; tais desigualdades explicaram as diferenças observadas, mesmo com políticas de acesso universal aos antirretrovirais.


Objetivo: analizar la sobrevida de personas con sida y su asociación con escolaridad y raza/color de la piel. Métodos: cohorte de diagnosticados entre 1998 y 1999, en las regiones Sur y Sudeste de Brasil, con análisis de supervivencia (Kaplan-Meier), estratificados por educación y raza/color de la piel; el análisis multivariante se realizó con regresión de Cox. Resultados: fueron incluidas 2.091 personas con sobrevida de 60 meses, a porcentuales de 65% entre blancos y 62% entre negros/pardos; el uso irregular de antirretrovirales (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) y la edad ≥60 años (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) se relacionaron con una menor sobrevida; escolaridad >8 años (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) y sexo femenino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) se relacionaron positivamente con sobrevida; los menos escolarizados tuvieron sobrevida menor. Conclusión: menor escolaridad se superpuso a las diferencias de raza/color de la piel referida, cuando relacionada a la supervivencia; tales desigualdades explicaron las diferencias observadas, aún con políticas de acceso universal a antirretrovirales.


Objective: to analyze the survival of people with AIDS and association with schooling and race/skin color. Methods: this was a retrospective cohort study of people diagnosed with AIDS between 1998 and 1999, in the South and Southeast regions of Brazil. We used survival analysis (Kaplan-Meier method), stratified by schooling and race/skin color and multivariate analysis was performed using Cox regression. Results: the study included 2,091 people who had survived at 60 months, with 65% survival among White participants and 62% among Black/brown participants. Irregular use of antiretroviral (HR=11.2 - 95%CI8.8;14.2), and age ≥60 years (HR=2.5 - 95%CI1.4;4.4) were related to lower survival; schooling >8 years (HR=0.4 - 95%CI0.3;0.6) and being female (HR=0.6 - 95%CI0.5;0.8) were positively related to survival; those with less schooling had lower survival. Conclusion: lower schooling levels overlap race/skin color differences in relation to survival; these inequalities explain the differences found, despite the policies on universal access to antiretroviral.


Assuntos
Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Infecções por HIV/mortalidade , Infecções por HIV/epidemiologia , Análise de Sobrevida , Estudos Retrospectivos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/mortalidade , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00006119, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019646

RESUMO

Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.


Abstract: Studies on racial classification systems in Brazil reveal the influence of socioeconomic factors in the expression of color/race categories, especially for whites and blacks. The aim of this study was to analyze specific family arrangements between fathers, mothers, and children, at least one of whom was indigenous. Based on the sample from the 2010 Population Census, we selected households with at least three residents (father, mother, and children), at least one of whom was indigenous. Children were characterized according to color/race (white, brown, and indigenous), sex, age, per capita household income, maternal schooling, and number of urban and rural household residents. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were performed. We estimated a total of 290.247 children (of whom 77.1% were classified as indigenous, 13.8% brown, and 9.1% white), 74.3% living in rural households and 41.3% in the North region of Brazil; children classified as white and brown were located mostly in urban areas. The odds of children of indigenous fathers or mothers being classified as white were higher in the Southeast and South. The odds of children being classified as white or brown increased proportionally with monthly income and maternal schooling. The findings show that socioeconomic status is significantly associated with color/race classification in Brazil, including in indigenous households.


Resumen: Las investigaciones sobre los sistemas de clasificación racial en Brasil evidencian las influencias de aspectos socioeconómicos en la expresión de las categorías de color/raza, destacando blancos y negros. El objetivo de este trabajo fue analizar núcleos específicos familiares formados por padres, madres e hijos donde, por lo menos, uno de ellos era indígena. A partir de la muestra del Censo Demográfico 2010, se seleccionaron domicilios con por lo menos tres residentes (padre, madre e hijos), siendo, por lo menos, uno indígena. Todos ellos fueron caracterizados según color/raza (blanca, mestiza e indígena), sexo, edad, renta domiciliaria per cápita, escolaridad de las madres y número de residentes en los domicilios urbanos y rurales. Se realizaron análisis descriptivos y una regresión logística multinomial. Se estimó un total de 290.247 hijos (77,1% indígenas, 13,8% mestizos y 9,1% blancos), de los cuales un 74,3% residían en domicilios rurales y 41,3% en la región norte; los hijos blancos y mestizos estaban localizados mayoritariamente en áreas urbanas. Las oportunidades de que los hijos de padres o madres indígenas hayan sido clasificados como blancos fueron más expresivas en las regiones del sudeste y sur. Los hijos presentaron mayores oportunidades de ser clasificados como blancos y mestizos con el aumento de la renta mensual, así como de la escolaridad materna. Los hallazgos demuestran como la posición socioeconómica se asocia de forma significativa con los procesos de clasificación de color/raza en Brasil, también en los segmentos indígenas de la población.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , Censos , População Rural/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Pigmentação da Pele , Escolaridade , Pai/classificação , Pai/estatística & dados numéricos , Fatores Raciais/classificação , Fatores Raciais/estatística & dados numéricos , Mães/estatística & dados numéricos
18.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-11, jan.-dez. 2018. tab
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-969418

RESUMO

Objetivos: Relatar a experiência de docentes e discentes de cursos da área da saúde durante as atividades da disciplina optativa "A saúde nos quilombos". Métodos: Trata-se de um relato de experiência, a partir da vivência dos docentes da disciplina, durante a realização das atividades de ensino e extensão realizadas em uma comunidade remanescente de quilombo (CRQ) do estado do Tocantins. Resultados: Foram levantadas quatro dimensões: o desconhecimento dos acadêmicos sobre as condições de vida e saúde das populações remanescentes de quilombos; a escassez de material de estudo sobre o tema; as questões étnico-raciais como determinantes de saúde e o interesse dos acadêmicos em construir práticas na comunidade. Conclusão: Este relato demonstra a importância da inserção de conteúdos e atividades de extensão voltadas à saúde de CRQs, para docentes e discentes da Universidade Federal do Tocantins (UFT).


Objectives: To report the experience of teachers and students of courses in the health area during the activities of the optional subject "Health in Quilombos". Methods: This is an experience report, based on the experience of the teachers of the subject, during the teaching and extension activities carried out in a remaining quilombo community (RQC) in the state of Tocantins. Results: Four dimensions were raised: the lack of knowledge about the living and health conditions of the remaining quilombos' populations; The scarcity of study material on the subject; Ethnic-racial issues as determinants of health and the interest of academics in building practices in the community. Conclusion: This study demonstrates the importance of the insertion of content and extension activities directed to the health of CRQs, for teachers and students of Universidade Federal do Tocantins (UFT).


Objetivos: Informar la experiencia de docentes y discentes de cursos del área de la salud durante las actividades de la disciplina optativa "La salud en los quilombos". Métodos: Se trata de un relato de experiencia, a partir de la vivencia de los docentes de la disciplina, durante la realización de las actividades de enseñanza y extensión realizadas en una comunidad remanente de quilombo (CRQ) del estado de Tocantins. Resultados: Se abordarona cuatro dimensiones: el desconocimiento de los académicos sobre las condiciones de vida y salud de las poblaciones remanentes de quilombos; La escasez de material de estudio sobre el tema; Las cuestiones étnico-raciales como determinantes de salud y el interés de los académicos en construir prácticas en la comunidad. Conclusión: Este relato demuestra la importancia de la inserción de contenidos y actividades de extensión dirigidas a la salud de CRQ, para docentes y discentes de la Universidade Federal do Tocantins (UFT).


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Etnicidade , Pessoal de Saúde , População Negra , Saúde das Minorias Étnicas , Capacitação Profissional , Estudantes , Docentes
19.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-13, jan.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-969406

RESUMO

Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional das condições de saúde da população negra no município de Florianópolis (SC). Métodos: Trata-se de estudo do tipo levantamento, descritivo. Os dados dos sistemas de informação em saúde foram consultados nas bases disponíveis (prontuários eletrônicos municipais, dados censitários e TABNET DATASUS estadual e nacional), com análise da variável raça/cor, no período de 2010 a 2016. Resultados: Os resultados revelam, na população negra, piores condições de escolaridade e renda, maior proporção de mães adolescentes, menor número de consultas pré-natal, maiores proporções de casos de sífilis em gestantes e tuberculose e menor cobertura de plano privado de saúde. Os pacientes negros frequentaram proporcionalmente mais os Centros de Atenção Psicossocial, em comparação aos atendimentos nos Centros de Saúde. Dentre as três primeiras causas de óbitos que encurtam a vida, AIDS e homicídios aparecem todos os anos dentre a população negra, não aparecendo na população branca. Causas perinatais também aparecem apenas dentre negros. Em 2016, suicídio tornou-se a terceira causa de óbito que encurta a vida na população parda. Conclusão: As piores condições de saúde na população negra podem refletir as piores condições socioeconômicas dessa população, bem como o racismo institucional e o mito da democracia racial brasileira


Objective: To achieve a situational diagnosis of the health conditions of the black population in the city of Florianopolis (SC). Methods: It is a survey-type research, descriptive. Data from the health information systems were consulted in the available databases (municipal electronic records, census data and state and national TABNET DATASUS), analyzing the race/color variable, from 2010 to 2016. Results: The results reveal, among black population, worst schooling and income conditions, higher proportion of adolescent mothers, lower number of prenatal consultations, higher proportions of cases of syphilis in pregnant women and tuberculosis, and lower coverage of private health plans. Black patients attended the Psychosocial Care Centers proportionally more than in the Health Centers. Among the three leading causes of life-shortening deaths, AIDS and homicides appear every year among the black population, not appearing in the white population. Perinatal causes also appear only among black people. In 2016, suicide became the third leading cause of death that shortens life in the brown population. Conclusion: The worst health conditions in the black population may reflect also the worst socioeconomic conditions of this population and the institutional racism and the myth of Brazilian racial democracy.


Objetivo: Se pretende realizar un diagnóstico situacional de las condiciones de salud de la población negra en el municipio de Florianópolis (SC). Métodos: Se trata de estudio del tipo compilación, descriptivo. Los datos de los sistemas de información en salud fueron consultados en las bases disponibles (prontuarios electrónicos municipales, datos censales y TABNET DATASUS estadual y nacional), analizando la variable raza/color, en el período de 2010 a 2016. Resultados: Los resultados revelan, en la población negra, peores condiciones de escolaridad y renta, mayor proporción de madres adolescentes, menor número de consultas prenatales, mayores proporciones de casos de sífilis en gestantes y tuberculosis y menor cobertura de plan privado de salud. Los pacientes negros frecuentan proporcionalmente más los Centros de Atención Psicosocial, en comparación a los atendimientos en los Centros de Salud. Entre las tres primeras causas de muertes que acortan la vida, la SIDA y los homicidios aparecen todos los años entre la población negra, no apareciendo en la población blanca. Causas perinatales también aparecen sólo entre negros. En 2016, el suicidio se convirtió en la tercera causa de muerte que acorta la vida en la población parda. Conclusión: Las peores condiciones de salud en la población negra pueden reflejar las peores condiciones socioeconómicas de esa población, bien como el racismo institucional y el mito de la democracia racial brasileña.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Capacitação de Recursos Humanos em Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Política de Saúde , Pessoal de Saúde , Capacitação Profissional
20.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(9): 2963-2978, set. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952757

RESUMO

Resumo Este estudo avaliou os hábitos de higiene bucal e sua associação com fatores socioculturais, ambientais e relacionados à utilização de serviços odontológicos entre adolescentes rurais quilombolas e não quilombolas do interior da Bahia. Foi um estudo transversal realizado em 2015. Estimaram-se prevalências e razões de prevalências para os desfechos e foi conduzida análise múltipla por regressão de Poisson com variância robusta. Foram entrevistados 390 adolescentes, 42,8% quilombolas. Escovação dentária insatisfatória e não uso do fio dental foram encontrados em 33,3% e 46,7% dos adolescentes, respectivamente. Mostraram aumentar a escovação dentária insatisfatória: sexo masculino (RP = 1,45), não morar com ambos os pais (RP = 1,45), menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,72) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,38). Com o não uso de fio dental, mostraram-se associados: nível econômico E (RP = 1,54), maior idade (RP = 0,91) menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,53) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,33). Distintos fatores associados foram observados entre quilombolas e não quilombolas. Ressalta-se a necessidade de se considerar as especificidades das populações para a promoção da saúde bucal dos adolescentes e a importância da intersetorialidade entre educação e saúde e a atenção às famílias.


Abstract This study evaluated oral hygiene habits and their association with sociocultural, environmental factors and factors related to the use of dental services among Quilombola and non-Quilombola rural adolescents from inland Bahia. Thiswas a cross-sectional study conducted in 2015. Prevalence and prevalence ratios were estimated for the outcomes and multiple Poisson regression analysis with robust variance was performed. We interviewed 390 adolescents, of which 42.8% were Quilombola. Poor tooth brushing and non-flossing were found in 33.3% and 46.7% of adolescents, respectively. Poor tooth brushing was increased by male gender (PR = 1.45), not living with both parents (PR = 1.45), lower hand hygiene habit (PR = 1.72) and worse oral health self-assessment (PR = 1.38). Non-flossing was associated with economic level E (PR = 1.54), older age (PR = 0.91), lower hand hygiene habit (PR = 1.53) and worse oral health self-assessment (PR = 1.33). Different associated factors were observed between Quilombola and non-Quilombola. It is necessary to consider the specificities of the populations for the promotion of adolescent oral health and the importance of the intersectoriality between education and health and care to families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Higiene Bucal/normas , População Rural/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Autoavaliação (Psicologia) , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Distribuição de Poisson , Fatores Sexuais , Saúde Bucal/etnologia , Estudos Transversais , Fatores Etários , Higiene das Mãos/normas
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...